sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ISABELINHA E EU!

Eu não tô tendo tempo nem pra respirar, mas um sentimento veio e eu preciso "falar". Sou adepta do não deixe pra dizer o que sente depois. Diga já!

A pessoa começa a existir ainda como embrião e já causa tumulto na sua vida. E você não a quer.
Você não quer ter que dividir, não quer que ela bagunce o seu mundo perfeito!
Não, eu não tô falando da minha gravidez, tô falando da gravidez da minha mãe, gestando a minha irmã. Mas não posso dizer que não estou falando da minha filha.
Eu digo e repito o meu amor, carinho e preocupação com ela não tem diferença ou distinção do que sinto pela minha filhinha, a que gerei.
Isabela é a minha filha/irmã.
Nossa história como irmãs é conturbada, instável e serena.
A gente teve (quer dizer eu tive...) que cultivar e entender esse amor. Eu tive que amadurecer pra perceber que a gente não dividia, a gente multiplicava e aí a mágica aconteceu e ela foi minha amiga, minha cúmplice e minha companheira e ao mesmo tempo meu bebe, meu tesouro que eu tinha que guardar e proteger.
E depois de separação da família, separação de casas, mudanças, e também um certa separação de "espírito" o amor ainda tá aqui, firme e forte.
E agora é um amor orgulhoso, porque a minha irmãzinha não é mais frágil pequena e indefesa. Ela é uma mulher linda que me deixa muito orgulhosa pela pessoa que se tornou.

 "E eu me peguei pensando em como tudo isso transforma uma noite vendo caras e bocas da Mônica e da Magali nos quadrinhos, em uma noite perfeita!"



E aí vem ela com essa resposta linda!!!


Desde que invadi o blog de minha mãe pra fazer um texto pra ela fiquei com vontade de fazer um pra minha irmã.
Simplesmente pelo fato de que todas as definições de mãe me faziam lembrar dela e não foram poucas as vezes que me peguei desviando o assunto do post por causa disso, daí tinha que refazer tudo de novo.
Quando ela descobriu que eu estava por vir não deve ter sido bom. Era filha única e ter que dividir tudo aquilo realmente não seria uma boa idéia. Daí eu vim e não sei se as coisas foram como ela imaginava. Pra começar, ela sugeriu o meu nome, que eu amo de paixão. E a partir daí não parou. Éramos como unha e carne: inseparáveis.
Fui crescendo e ficando rebelde e esperta. Resumindo: a fiz de gato e sapato. Eu aprontava tanto, taaanto. E ela sempre levava a culpa.
Minha infância junto com a adolescência dela pareceu ter sido a pior coisa na sua vida.
Até eu ir morar com a nossa avó. E ela ficou só. Não tinha mais com quem brigar, brincar 5 minutos de pega-pega e desistir, fazer coreografias, levar os cachorros pra passear, acordar 4 da manhã e ficar comendo Bono e vendo a programação do SBT só pra eu ver como era o pôr-do-sol... E foi aí que as coisas mudaram.
Quando eu voltei, ela me disse que sentiu saudade, que fez promessa pra eu voltar e simplesmente mudou. A gente ainda brigava, mas a relação ainda era outra.
Depois disso, moramos mais pouco tempo juntas e essa separação foi muito ruim. Eu sentia muita saudade, mas sabia que ela precisava daquilo para ser feliz. Ainda estava na infância, mas ela me fez ser uma pessoa madura desde esse momento.
Hoje ela ainda mora longe e gerou uma das pessoas mais importantes da minha vida. A minha sobrinha.
Mínimas coisas mudam o meu dia. Pode ser um recadinho carinhoso no twitter, uma conversa de 5 minutos no skype e até as broncas que ela me dá no MSN.
Quando eu era pequena, falava que minha irmã era mais duas coisas: além de irmã, era minha madrinha de consagração e minha amiga. Hoje, vejo que isso é o menos importante. Ela é a minha MÃE.
É graças a ela que eu sei qual é o satélite natural da Terra. E Maurício de Souza pode fazer o melhor roteiro do mundo, mas a gente se diverte mais só vendo as carinhas.
Gatinha, tudo que a gente passou até hoje fez com que nossa relação se tornasse o que é hoje. Eu amo você não só por ter nascido sua irmã, mas porque tudo o que você fez por mim - desde a papinha de maisena quando eu ficava doente, até perder a sua adolescência para cuidar de mim - foi umas das coisas mais importantes da minha vida.
(Isabela Mascarenhas)

7 comentários:

@thalilopes disse...

Ai gente que coisa fofa, eu lembro que quando tinha entre 10-15 anos o pessoal ficava me zoando, falando que minha mãe ia me dar um irmão(ã) e eu ficava louca, pois queria ser a sempre única. Quando eu estava com 19 anos fui ao GO com minha mãe e ele falou a ela se quer ter outro filho a hora era aquela(ela tinha 39 anos) e antes dela responder eu disse "Mãe me dá um irmão, eu quero muito", o fato é que não teve irmãozinho e minha mãe tirou o útero.
Desde aquele tempo eu sinto falta de uma pessoa para compartilhar para a minha felicidade e anseios, a minha sorte é que tenho uma família linda e somos muito unidos, tenho primas e primos que fazem este papel.
Se Deus permitir quero ter outro baby, para a loucura de Beto, risos
Beijocas,
Amei a declaração.

Thali Lopes

Fernanda Reali disse...

Depois de ler isso, tua mãe pode pegar a malinha e flanar pelo mundo, pois a missão dela foi concluída com perfeição.

Gerar duas mulheres batalhadoras e amorosas não é para qualquer uma, e tua mãe conseguiu. Medalha de ouro para a Maga dos Moldes!

Lindo post!
beijooo

Andreia Lica disse...

Que declaração linda!!! To aqui com os olhos cheio de água...que amor mais lindo!!!

Fê Dutra disse...

Família é tudo igual, mas a de vocês, vem com um ingrediente a mais. Diz aí qual é?

Unknown disse...

Lindo e emocionante...
Vocês são demais, Meninas!
Beijos às duas
Cris*

Patrícia Gomes disse...

Ô gente...
Que coisa mais linda essa via de mão dupla!!!
Assim vou virar laminha, pq tô só o pó e agora chorando com esse amor tão lindo de vocês..
Parabéns as duas por terem uma a outra e de "grunja" terem a mar e a Dorica!!! hahahahaha

Xêeeros duplos!

Paty

Ana Paula disse...

Que maravilha de amor hein! Que linda essas declarações, esse amor, essa cumplicidade.

Bjs meninas!

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